O uso de ferramentas e tecnologias pode ser um divisor de águas para o produtor que busca potencializar os resultados de sua propriedade. Dito isso, é importante então optar por soluções e ferramentas que tenham bom custo-benefício e que aumentem a capacidade de organização, controle e execução de atividades dentro da fazenda.
E é aí que entra a gestão agro, que por definição, significa “ação de gerir, administrar, governar ou dirigir negócios públicos ou privados; administração”. Logo, qualquer um que administra um negócio, seja ele agro ou não, é gestor.
Esse pacote de tecnologias de gestão para propriedades rurais é chamado de gestão agro. Separamos nesse texto algumas informações sobre como essa prática pode ajudar os produtores a alcançarem melhores resultados em campo. Vale a leitura!
Mas antes de começar, o que é gestão agro?
Gestão agro nada mais é que a atividade que visa a gerenciar os recursos e processos relativos à atividade agropecuária, envolvendo os recursos humanos, físicos e financeiros para uma maior eficiência e racionalidade. Esse tipo de gestão busca reduzir custos e aumentar a sustentabilidade, além de maximizar o lucro.
Onde a gestão agro pode ser aplicada?
- Planejamento de safra: definição das áreas a serem utilizadas para culturas e áreas de pousio, assim como o mapeamento necessidade de rotação de culturas e as características específicas de cada área;
- Projeção de insumos: previsão cada vez mais robusta da necessidade de insumos para cada tipo de cultura e de acordo com as experiências de safras anteriores;
- Controle de maquinário: avaliação da necessidade de manutenção, das horas trabalhadas e da situação de cada máquina, evitando avarias e horas sem trabalho de maquinários;
- Gestão de recursos humanos: controle de horas trabalhadas, eficiência e aptidão de funcionários;
- Execução de tarefas: maior controle e precisão do momento e necessidade de aplicação de produtos para controle de pragas, doenças ou plantas daninhas, de maneira específica para cada cultura e talhão, ou mesmo em áreas ainda mais reduzidas;
- Previsão de produtividade e colheita: monitoramento de lavouras para previsão de data de colheita e produtividade, dando maior liberdade para negociação de preços do produto;
- Análise de dados: mapas com análises de dados diferenciais que permitem um tratamento diferenciado de áreas da produtividade.
Ok, tudo muito bom. Mas… e os benefícios?
Há muitos benefícios do uso de ferramentas de gestão para a organização de propriedades agrícolas. Dentre eles, podemos citar:
- Aumento da eficiência do uso de recursos: aplicação eficiente de produtos químicos, detecção do melhor momento de aplicação, doses conforme dados de sensoriamento, menor desperdício;
- Uso racional de maquinários: monitoramento para manutenção de máquinas, prevenção de problemas durante uso, diminuição do retrabalho, controle de estoque para reposição;
- Acompanhamento em tempo real: o uso de sensores para monitoramento mais frequente de lavouras permite o acompanhamento das condições em tempo real (ou algo muito próximo disso);
- Previsão climática: conhecimento do clima a curto prazo para programar execução de atividades e prever situações limitantes para a produção agrícola;
- Tomada de decisão facilitada: maior capacidade de tomar decisões baseados em extensa base de dados, dados em tempo real, histórico de safras e dados de sensores de medição de características de plantas e meteorológicos;
- Diminuição de custos: a combinação dos benefícios acima leva à diminuição de custos e de retrabalho, aumentando o custo de produção;
- Aumento da produtividade agrícola: a aplicação de recursos de maneira diferencial, em doses corretas e momentos propícios pode aumentar a produtividade de plantas, potencializando a genética;
- Maior lucratividade: a diminuição de custos combinada a maior produção aumenta margem de lucro do produtor;
- Sustentabilidade: o uso racional de recursos e combustível causa menores danos ao ambiente, além de ser mais economicamente viável.
E aqui está o pulo do gato: investir em ferramentas e soluções que proporcionem uma gestão mais profissional e eficiente, tais como:
- Sensoriamento: medição de características da lavoura, de solo, da incidência de doenças e estágios fenotípicos que permitem tomar decisões diferenciais e em menor tempo;
- Maquinário autônomo e drones: máquinas que fazem aplicação diferencial ou plantio, de acordo com mapas pré-estabelecidos ou informações de sensores em tempo real;
- Georreferenciamento: sistemas de posicionamento da propriedade que permitem as tecnologias acima;
- Softwares de controle de estoque e manutenção de máquinas: diminuem tempo obsoleto de máquinas e de aplicações de produtos;
- Mapas de rendimento e agricultura de precisão: permitem monitorar áreas em que o manejo foi mais eficiente e o rendimento por uso de recurso foi maior, potencializando a margem de lucro;
- Dados meteorológicos: sistemas de monitoramento local na propriedade ou regional por plataformas de dados meteorológicas e previsão do tempo em curto e longo prazo;
- Programas de análise de dados: uso de ferramentas capazes de análise de big data geradas pelas tecnologias de captação de dados, permitindo maior conhecimento dos processos;
- Inteligência artificial: o uso de algoritmos que sejam capazes de prever o comportamento de plantas através de séries de dados coletados em safras anteriores e informem o produtor sobre possíveis riscos na safra atual.
Sendo assim, a gestão agro traz inúmeros benefícios para o produtor. Safra após safra a produção fica mais cara e a lucratividade mais baixa. Por isso, investir em uma gestão mais estratégica, com uso de recursos e tecnologias a favor da lavoura é crucial para minimizar custos e maximizar a produção.
FONTE: Aegro